quarta-feira, 2 de março de 2011

Sobre o pai e nossas expectativas...

Um dos nossos domingo de passeio na praça
Essa semana houve a Blogagem Coletiva com o Tema "Nós, os pais", como eu disse no post anterior. Animei meu marido pra escrever, e ele até concordou, mas acabamos deixando passar o dia da blogagem coletiva devido aos contratempos corriqueiros de nossas vidas.

Como fiquei contagiada com o tema da Blogagem Coletiva este post será dedicado ao pai do Heitor  e  o outro morador do meu coração, o Semmys. É, eu sei que o nome dele é meio estranho(e até um pouco engraçado devido ao vários trocadilhos..rsrsr), mas ele é uma boa pessoa apesar do nome(Eu te amo, viu amor?!).

Quem acompanha o blog sabe que voltamos a morar juntos na véspera do ano novo, depois de mais de um ano morando em cidades diferentes, e de lá pra cá temos vivido em um período de adaptação, principalmente com relação ao Heitor, uma vez que ele não havia nascido quando o Semmys se mudou para Rio Branco.
Nesses dois meses, ele não tem deixado a desejar como pai, sendo sempre muito solicito em tudo. Ajuda a dar banho, a dar papinha, faz mamadeira, troca fralda e em todos os demais afazeres que uma criança de 10 meses exige. Porém ainda sentia um certo desconforto dele nesse papel de pai, que até então era novidade, como se ele tivesse caído de para-quedas numa função que , apesar de desejar muito, não se sentia preparado.

Nessa nossa ida para Porto Velho fiz a minha cirurgia da vesícula e tive que ficar de repouso por 10 dias. O repouso incluia não pegar o Heitor no colo e não poder fazer várias outras coisas. Logo quem teve que entrar em cena foi o pai, que de ajudante virou responsável. Ele aprendeu a dar banho, dar mamadeira, fazer durmir e outros detalhes do dia a dia que acabava ficando sob os meus cuidados normalmente.

Fiquei super feliz ao perceber que, em apenas 10 dias, meu marido tinha se tornado pai de P maiúsculo. Aquele que eu sempre imagei que ele seria. Antes desse período o Heitor já estava a vontade na companhia do pai, mas sempre que a coisa ficava complicada era a mim que ele procurava, sem a menor dúvida. Hoje não, ele já se sente seguro com os dois, está cada dia mais carinhoso com o pai dele e tem momentos que prefere a companhia dele à minha (olha o cíumes surgindo aí no fundo..rsrsrrs).

Então, estou contando tudo isso para, na verdade, falar daquilo que percebi com essa história toda. Percebi que, sem perceber, eu não estava dando espaço suficiente para o meu marido se mostrar como pai. Coloquei na minha cabeça que ele não precisava saber de tudo, já que havia passado tanto tempo longe de nós, e acabei privando-o, mesmo que temporariamente, de conhecer seu filho e o seu papel de pai.
As vezes escuto algumas mulheres reclamando da falta de auxilio do seu marido na criação dos filhos, ou até mesmo nos afazeres domésticos, mas acho que devemos parar para refletir sobre o quanto somos responsáveis sobre esta atitude deles. Será que as vezes não monopolizamos tarefas que podem, e devem, ser compartilhadas?

3 comentários:

Cida Kuntze - compartilhandobencao.blogspot.com disse...

Oi querida!

Eu estava sentindo a sua falta por aqui. Já li o outro post também e agora entendi a ausência.
Fico feliz que está tudo bem com vocês três.

O Heitor é muito lindo, tá grande...nossa, como o tempo voa não é mesmo?

Que Deus continue os abençoando a cada dia.

Ana disse...

Oi Lua!
É verdade isso.
Eu uma vez percebi que queria ajuda mas não deixava o pai fazer muita coisa por "ele não saber fazer direito" Mas se não deixar fazer como eles irão aprender não é mesmo?
Aos poucos fui me forçando a relaxar, a permitir que ele tb cuidasse do filho. E no fim descobrimos que eles adoram essa responsabilidade. E é muito importante eles participarem de tudo. É assim que nasce o vinculo entre pai e filho.
Bjs!

Thaís Rosa disse...

belo post, lua!
acho que é bem por aí: por vezes, centralizamos demais. Mas não se culpe muito por isso não, apenas relaxe e deixe o pai lamber a cria também!
beijo