domingo, 20 de dezembro de 2009

Férias a vista e Bebê a bordo!

Com a chegada das férias me sinto mais a vontade para voltar a escrever por aqui....nesses meses afastada muita coisa aconteceu e a principal mudança se deve ao fato de agora eu carregar um lindo bebezinho dentro da minha barriga!!
Sempre escutava falar que nunca uma noticia traria tantas mudanças pra uma vida quanto a noticia da chegada de um criança...ao escutar isso sempre pensava ser exagero das pessoas mais velhas, na tentativa de me conscientizar que um dia teria que criar juízo, aprender o que ele come e como viver com esse tal, mas acredito que sibestimei um grande conselho, pois há 3 meses que o foco dos meus pensamentos se voltaram para fraldas, amamentação e para uma pequenina vida que cresce em progressão geométrica dentro do meu ventre.
Junto com a felicidade de saber que terei um lindinho( ah sim, é um menino!!) daqui a poucos meses nos meus braços, como boa neurótica que sou, fui tomada por uma grande insegurança e questionamentos acerca da minha real capacidade de ser mãe...será que vou saber qndo ele estará com fome? vou saber segurar?dar banho?lavar o pintinho e o saquinho?
Ai meu deus, é tanta coisa pra aprender em tão pouco tempo e maior ainda é a responsabilidade dessas coisas e de outras que nem me atrevo a pensar neste exato momento para não entrar em parafuso aqui e agora...mas nenhuma dessas preocupações se comparam a felicidade de sentir os chutinhos na barriga, ou ouvir o médico falar que ele é muito ativo ao não conseguir um momento dele quieto durante a ultrassonografia....rsrrssr
Enfim, tenho esperado com muita ansiedade a chegada do meu Heitor, e a partir de agora ele será tema recorrente por aqui....
Bjos a todos e Boas Festas!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Essa maldita falta do que escrever...

Definitivamente, para escrever bem é preciso prática!!
Estou eu aqui, penando para escrever um simples texto sobre o meu entendimento da psicologia institucional e simplesmente travei!Travei por completo!E não só para textos acadêmicos ando travada, aqui por exemplo, poderia muito bem escrever mais constantemente, mas como não quero escrever besteiras sem nexos(apesar deste post se classificar muito bem neste quesito), começo milhões de assuntos e nunca consigo terminá-los, seja por me faltar palavras ou por não gostar do texto que iniciei. Com todas essas dificuldades acabo parando os textos pela metadee não os publico.
Sei que isso, para os meu professores ao menos, é algo que eu tenho que resolver na terapia (eu odeio isso neles, por acaso), mas como não crio vergonha na minha cara prefiro esperar vir uma iluminação divina que me traga uma ótima ideia e espero, com toda paciência do mundo (ta bom, não com tanta paciência assim porque tenho que entregar meu texto amanhã para a professora) e acabo como toda boa brasileira, fazendo o texto em cima da hora e me sentindo super culpada por isso, mas fazer o quê , é mais forte que eu!!!

sábado, 8 de agosto de 2009

Essas escolhas da vida...

Volta às aulas...mais um vez!
Desta vez porém, tudo muito mais colorido e empolgante, pois vejo a possibilidade de me formar!
Espero que com o inicio das aulas tenha sempre bons assuntos para postar por aqui...hj o que fica é um pouco de inquietude pela necessidade de escolhas que sempre temos que fazer na nossa vida.
"Não sei se caso ou se compro uma bicicleta.."
As escolhas poderiam ao menos ficar nessas alternativas aparentemente sem nexo, onde conseguimos visualizar claramente as vantagens e desvantagens de cada opção, mas se a vida fosse fácil não se chamaria vida, não é mesmo?
E é justamente por isso que sempre temos que fazer escolhas onde os detalhes fazem toda a diferença, as vezes mudando o curso de uma vida, as vezes só mudando a caminhada até o objetivo final, mas sempre acabamos escolhendo algo enquanto torcemos os dedos para não nos arrepender durante o curso das coisas (apesar de sempre pararmos em algum momento para olhar pra traz, acreditando que as coisas poderiam ser mais fáceis se tivéssemos escolhidos a outra alternativa).
Porém, depois de uma alternativa feita, o que nos resta é curtir nossa trilha a ser seguida e aproveitar as paisagens e acontecimentos oferecidos nela, dando o melhor de si para que no fim dela, vermos que apesar de nem sempre termos encontrados ruas lisas, ou flores lindas e cheirosas, alcançamos nosso objetivos e podemos, mais uma vez, escolher entre as duas(ou mais) novas estradas que temos para prosseguir.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Eu não estou te analisando!

Quando as pessoas vão entender que o fato de alguém estudar ou ser formado em psicologia não faz com que ela passa 100% do seu dia tentando analisar as pessoas?
Fala sério! A cabeça do psicólogo não se resume a psicodinâmica, traumas e meios de fazer com que todos ao nosso redor tenham insights incessantes sobre seu inconsciente. Quando me relaciono com as pessoas, tenho minhas opiniões formadas e por mais que as vezes pareça(e eu digo PAREÇA) não tenho nem como estar analisando ninguém!
Primeiro pq com amigos e pessoas próximas não tenho a danada da paciência para esperar o tal "tempo" que é necessário para que a pessoa esteja preparada para encarar determinadas verdades da sua vida. Segunda que sempre quero que as pessoas façam o que eu acho que é o melhor pra elas, coisa que de longe não posso e não faço quando estou fazendo alguma atividade relacionada à psicologia. Poderia citar mais mil motivos de não ter como um psicólogo estar analisando um amigo, primo ou sei lá o quê numa conversa relativamente séria ou pessoal, mas não estou com saco pra isso no momento.
Então, pra finalizar, espero que quem leia isso aqui entenda que as vezes que estou de conversa e falo a minha opinião não quer dizer que fiz um super estudo da sua personalidade, estou simplesmente colocando na roda o que eu acho, assim como qualquer pessoa faz em uma conversa.
" As vezes um charuto é apenas um charuto", já dizia Freud!

terça-feira, 7 de julho de 2009

Quando aceitaremos que todos somos diferentes?

Há algum tempo, navegando pelos blogs da vida, me deparei com um comentário sobre a Parada da Diversidade Sexual de São Paulo que me deixou chocada. Um indivíduo comparou os homossexuais à estupradores, pedófilos e assassinos!
Por que amar uma pessoa do mesmo sexo é tão errado? De que maneira fere, de fato, as vidas daqueles que seguem a norma da sociedade de amar uma pessoa do sexo oposto? Convivo quase que diáriamente com homossexuais, bissexuais, travestis e com transexuais e a cada dia que passo ao lado dessas pessoas mais os argumento dados pelos preconceituosos caem por terra, na minha opinião.
Acredito que se as pessoas se permitissem conhecer a todos numa forma mais profunda, conhecer suas inquietudes, alegrias, questionamentos e ideologia, tornariam-se fãs dessas pessoas que sofrem discriminação diáriamente, dentro e fora de casa. O quanto são fortes e quanto acreditam em um mundo melhor (coisa que em muitos momentos não acredito tanto..). E quanto mais tenho conhecido essas pessoas mais me indigno com a capacidade do ser humano de estigmatizar, discriminar e excluir tanto as pessoas.
Neste momento não falo somente do homossexual ou do negro, das pessoas com deficiências ou das minorias como um todo, falo das pessoas que convivemos diáriamente, mas que de alguma forma não se encaixa naquilo que se espera das pessoas. Quantas vezes não me deparo com as pessoas julgando as outras pela sua forma de viver a vida, seja ela por gostar de um tipo de música, de roupa ou de atividades...muitas vezes não nos permitimos conhecer como esta pessoa realmente é, o seu esteriótipo já nos afasta dela, não nos permitindo, muitas vezes, tomar, através de uma boa conversa, aprendizados que nossa vida inteira não nos daria.
Vejo que há uma grande contradição no discurso social, ultimamente, onde se prega o respeito à indivídualidade, mas não se respeita as diferenças que o indivíduo traz consigo. É como se esta regra só valesse quando diz respeito ao MEU conforto e prazer, deixando de ter sentido quando nos obriga a respeita aquilo que não faz parte da MINHA vida, crença ou ideologia.
Acredito que seríamos mais felizes se nos permitíssemos conviver com todos de forma harmoniosa, respeitando o espaço do outro, para então cobrar o respeito pelos nosso espaço. Quem sabe quando conseguirmos conviver com as características diferentes dos outros, nos sentiremos mais à vontade para viver nossa vida livremente, podendo cometer atitudes não tão esperadas sem nos preocupar com que os demais pensarão à nosso respeito. Aí sim, neste momento, acredito que viveremos plenamente nossa vida, pois nos permitiremos vivenciar cada desejo e cada experiência de forma total.

sábado, 30 de maio de 2009

Ontem terminou meu estágio no Setor Psicossocial das Varas de Família do Tribunal de Justiça e confesso que ainda estou meio anestesiada com o término de mais uma fase na minha vida. Quando paro pra avaliar o que se passou nestes dois anos de estágio acredito que mesmo que tente não conseguirei expressar o quão foi ótima a experiência de trabalhar com pessoas tão diferente de mim, em suas profissões, idades e histórias de vida, nem mesmo quanto cada uma das nove mulheres daquele Setor se tornaram parte importante na minha vida.
Fora a oportunidade de entrar em contato com uma área da psicologia que sempre tive vontade de trabalhar, encontrei pelo caminho pessoas que jamais imaginaria conhecer e voltei a caminhar ao lado de outras que já haviam feito parte da minha vida anteriormente.
Aprendi a importância da família, e o quanto é dificil manter a harmonia dela. Vi que, de fato, sempre existem duas verdades para uma mesma história e o quanto os psicólogos tem uma ferramenta de grande importância nas mão(Podemos não salvar vidas como os médicos fazem, mas pude presenciar mudanças que melhoraram a qualidade da vida de algumas pessoas que se permitiam ser ajudadas mesmo no meio de uma briga judicial).
Enfim, foi ótimo trabalhar com familia, e indico para aqueles que gostam desta eterna relação complexa que envolve filhos, pais e irmãos( e alguns outros membros :P).

Bjos a todos!!!


quinta-feira, 21 de maio de 2009

Desculpe o Transtorno...

Gente, desculpa...ando muito corrida estes dias e por isto não tenho tenho conseguido parar pra escrever por aqui...assim que eu tiver um tempinho escrevo ok?!
Bjos a todos!!!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

O Maravilhoso Mundo dos Filmes

Por que os filmes nos maravilha tanto?Bem, eu acredito que seja o fato de por algumas horas nos seja possivel viver uma vida completamente diferente da nossa, ou por vermos parte da nossa vida retratada de uma forma que não havíamos visto anteriormente.
Cada um tem o seu motivo para gostar de assistir filmes, mas confesso que o que muito me fascina é a possibilidade de vivenciar várias realidades... é poder sentir a glória do herói, o sofrimento da mocinha, o amor dos apaixonados...Enfim, é a possibilidade de sentir emoções que o cotidiano não te proporciona.
Os filmes nos permite refletir, sobre o que temos, como vivemos ou como gostaríamos de viver, através da identificação com os mais diversos personagens acredito que acabamos nos conhecendo um pouco melhor, nos permitimos reconhecer alguns sentimentos que normalmente não confessaríamos nem para nós mesmos( como aquele romantismo que estava escondido, ou aquele egoísmo que a gente tanto nega), imaginamos quais seriam as nossas atitudes diantes das situações que os personagens vive( ou você nunca se pegou falando "cara, eu faria de tal forma se fosse comigo!") ou simplesmente vemos em algumas cenas partes da nossa vida, conflitos que também passamos, desejos que tambem temos, sonhos que também sonhamos.
O legal dos filmes é que eles não terminam quando aparecem os créditos, depois deles sempre algo ecoa em nossa cabeça...Tem uma comunidade no orkut que, na minha opnião, retrata bem o momento posterior ao filme: "Depressão pós filme". A gente sempre acaba um pouco deprimido quando o filme termina seja ser muito triste mesmo, ou por ele ser muito legal e vc não querer que ele acabe, por você se ligar que a vida é uma merda e que o ser humano, as vezes, é uma bosta(como o Senhor das Armas e Diamante de Sangue) ou por ele ser tão perfeito, a vida parecer tão linda, que você sai se questionando se um dia sua vida será como naquele filme, se você vai amar e ser amada daquela forma (eu queria ser amada como em Diário de uma Paixão!!!), se seus amigos serão tão leais daquele modo ou se você vai viver qualquer coisa que faça que você se sinta tão único e importante daquele jeito.
No fim os filmes sempre nos dão um aprendizado( tá bom, nem sempre nos dão), mas o mais importante é saber que podemos viajar, entrar em contato com aquela nossa parte criança, onde o mundo de fantasias nos prende e, de vez em quando, podemos sim escapar da nossa realidade, sem que pra isso sejamos considerados loucos.

domingo, 5 de abril de 2009

O Direito ao Foda-se

Sei que ando um tanto sumida daqui, o tempo e o estresse não tem me permitido ter boas idéias para escrever...Mas a vida é uma caixinhas de surpresas, e numa bela manhã de sol, como foi hoje, eis que surge uma ótima oportunidade para colocar aqui um texto que muito me inspirou no terceiro ano.
Hoje, devido algumas circunstâncias nada agradáveis pensei e falei muitos palavrões(muitos, muitos mesmos) e isso me lembrou um texto que minha amiga colocou no jornalzinho clandestino que fizemos para criticar a escola durante o nosso ultimo ano, o Escolástima. O texto se chama "Direito ao Foda-se" e hoje consegui recuperar esse texto no Blog do Homenzinho de Barba Mal Feita
Confesso que, pelo que me lembro, era um pouco diferente e se eu conseguir recuperar o texto no Escolástima posto ele aqui novamente. Então é isso leiam e curtam, e se não gostarem FODA-SE!!!

O DIREITO AO FODA-SE
O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional quantidade de"foda-se!" que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"? O "foda-se!" aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas Me liberta. "Não quer sair comigo? Não? Então foda-se!". "Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!".
Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia?
Prá caralho", por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que"Pra caralho"? "Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas Prá caralho, o Sol é quente Prá caralho, o universo é antigo Pra caralho, eu gosto de cerveja Pra caralho, entende?
No gênero do "Prá caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "Nem fodendo!" O "Não, não e não!"é tampouco nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, absolutamente não!" o substituem. O "Nem fodendo!" é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro prá ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo "Danielzinho, presta atençao, filho querido, NEM FODENDO!". O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicínio.
Por sua vez, o "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como comentar a bravata daquele chefe idiota senão com um "é PHD porra nenhuma!" ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!". O "porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provêm sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha. São dessa mesma gênese os clássicos "aspone", "chepone", "repone" e mais recentemente o "prepone" - presidente de porra nenhuma.
Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta que pariu!", ou seu correlato "Pu-ta-que-o-pa-riu!!!", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba. Diante de uma notícia irritante qualquer um "puta-que-o-pariu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo. Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.
E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cú!"? E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no olho do seu cú!". Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega! Vai tomar no olho do seu cú!".Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoe a camisa e saia na rua, vento batendo na face, olhar firme, Cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.
Seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu!". E sua derivação mais avassaladora ainda: "Fodeu de vez!". Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? "Fodeu de vez!".
O direito ao ''foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição Federal.Liberdade, Igualdade, Fraternidade e F O D A - S E.

quarta-feira, 11 de março de 2009

(des)Atualização Literária

Um tempo atrás, visitando a casa da minha mãe, encontrei um dos livros que mais gostei de ler até hoje: O Mundo de Sofia. É uma pena que eu o tenha lido após fazer filosofia, porque se tivesse me interessado antes não teria achado a matéria tão complicada.

Ainda na casa da minha mãe, acabei me deparando com um mundo de livros que li durante a infância e adolescência, e foi aí que reparei que após iniciar a faculdade "perdi" muito do meu interesse pela leitura.

Lembro de, no primario, preferir ficar na sala da biblioteca lendo à ir brincar no pátio da escola ( apesar de eu não aconselhar isso às crianças, pois é muito importante se relacionar com os outros), depois me lembro de, na adolescencia, devorar aqueles livros da coleção "Meu Primeiro Amor"( É, dá um pouco de vergonha lembrar isso, mas era uma leitura muito cativante...rsrsrs), e também sempre haviam os livros que a escola acabava nos obrigando a ler. No inicio eu nunca gostava, mas acaba lendo e me envolvendo com a história e quando eu ia ver já estava nas ultimas páginas e reclamando, no meu íntimo, por está chegando ao fim.

E hoje?Ou melhor, de 2004 pra cá?Não consigo lembrar de um único livro de literatura que eu tenha lido, fora O Mundo de Sofia. Só consigo lembrar de conseguir ler Xerox, partes de livros como Introdução à fulano de tal, Teoria não sei das quantas, e as intermináveis apostilas com reportagens e artigos.

Nessa hora acabo me perguntando, a universidade educa ou simplesmente nos aliena?Depois que entramos nela, acabamos nos fechando cada vez mais. Nos fechamos em um foco de estudo e acabamos desviando quase toda nossa energia para este rumo, e se nos destrairmos por um segundo, acaba nos faltando tempo para as infindáveis coisas boas da vida, como ler um bom livro.

segunda-feira, 2 de março de 2009

E os devaneios se iniciam...

Hoje iniciou oficialmente o semestre letivo para mim, confesso que não estava muito animada, pois este será o primeiro semestre que não estarei mais com as minhas amigas, devido ao meu atraso no curso. No fim acabou sendo muito tranquilo, e nada triste como achava que seria, este primeiro dia de aula.

O interessante do dia é que acabei tendo que rever um pouco da teoria de Carl Rogers e acabei refletindo sobre a base, para mim, desta teoria: a capacidade do indivíduo de auto-realização. Rogers acredita que há em todos nós uma capacidade de sermos tão bons quanto podemos ser, e na Terapia Centrada no Cliente(conhecida também de Abordagem Centrada na Pessoa, ou Psicologia Humanista), o terapeuta é levado a acreditar nesta capacidade do indíduo.
Diferente da terapia freudiana, o terapeuta rogeriano não vai conduzir o cliente ao esclarecimento que ele busca, e sim proporcionar um ambiente favorável para que o próprio indíviduo reconheça as causas dele encontra-se em um estado de incongruencia, vunerabilidade e ansiedade.

Quando estudei Rogers pela primeira vez, confesso não ter gostado dele, pois percebia sua teoria de forma não academicista, como se fosse possivel à qualquer pessoa que desejasse se tornar terapeuta, devido seus conceitos serem baseados em calor humano, aceitação incondicional e escuta. Mas hoje consigo ver qual o ponto alto de tudo que ele fala, pois percebi que muitas vezes não acreditamos naquilo que realmente somos capazes de fazer. Por não acreditarmos em nós, acabamos não acreditando nas potencialidades dos outros, e assim cria-se um ciclo vicioso, onde achamos sempre que temos que ser carregados, e ao mesmo tempo acreditando que temos sempre que carregar os outros no colo(olha aí a incongruencia!!).

O mais interessante da vida de um estudante de psicologia é , que como não temos cobaias em tempo integral para observarmos aquilo que estamos estudando, acabamos tomando assuntos do nosso cotidiano como exemplos teóricos. Como uma boa estudante eu não pederia ser diferente, e hoje acabei avaliando o quanto eu mesma não tenho acreditado na minha capacidade de auto-realização. Desde o meu atraso no curso tenho sido tomada por um crescente sentimento de incapacidade, e hoje acabei percebendo em quanto tenho sido prejudicada por este pensamento.
Acabei culpabilizando aos obstaculos da vida, e deixei de ver a minha parcela de culpa naquilo que vem me causando tanto desprazer...

Pensando bem quantas vezes nos damos a devida parcela de responsabilidade sobre os acontecimentos da nossa vida?!Pois se algo nos aconteceu, não podemos nos eximir completamente da responsabilidade do fato... o que nos levou aquela situação?! e o mais importante de tudo: O que podemos fazer para sair dela?

sábado, 21 de fevereiro de 2009

"Para que o acontecimento mais banal se torne uma aventura, é necessário e suficiente que o narremos."( Jean-Paul Sartre )


Um dia, em conversa com umas amigas, decidi iniciar um blog para exercitar minha escrita( e melhorá-la, pois preciso), e também para dividir com os outros minhas opniões sobre a vida, o mundo e outros temas. Decidido isto vem a dúvida:"que título colocar no Blog?"
Não poderia titulá-lo com algo muito específico, porque não quero escrever somente sobre um tema e sim sobre o que estiver em minha mente no momento. Pensei um pouco (na verdade muito) mais e cheguei ao titulo que, para mim, pareceu perfeito: Devaneios Lunares.
No Dicionário, Devaneio significa Imaginação, Fantasia. É um derivado da palavra Devanear ,que se encaixa ainda mais no que queria, pois significa Imaginar ou dizer algo sem nexo, pensar vagamente em algo ou algumas coisas.
Quanto ao "Lunares" acho que não preciso explicar que significa aquilo que se refere a Lua (meu apelido e satélite que adoro).
Então, ao se perguntar o que você irá encontra por aqui saiba que será um pouco de tudo( ou muito de nada,dependendo da visão de quem lê)...com certeza sempre haverá algo sobre amizade, cinema, amor, livros, psicologia e músicas. Ou seja, pensamentos de uma pessoa acerca da vida, de como ela segue e de como acredita que ela deveria seguir.
Sem mais o que dizer,ou melhor, escrever.
-Que se inicie esta nova Jornada!