sábado, 24 de setembro de 2011

Os filhos e o alcance de sonhos

Tudo bem, sei que já virou uma constante essa minha história de ficar falando que voltarei à atividade, por isso mesmo que desta vez não prometerei nada, simplesmente escreverei...
Hoje estava no Salão de Beleza, fazendo minha unha, quando me deparei numa conversa sobre maternidade(é engraçado, mas depois que a gente se torna mãe a sempre acaba nesse assunto...) com duas mulheres, onde uma não tinha filhos e eu e a outra tinha. A conversa estava girando em torno do QUANDO se ter filhos, pois a mulher que ainda não é mãe dizia que só queria ter filhos, após passar num bom concurso público, sair do aluguel, fazer mestrado, entre outros desejos...em meio a sua fala fiquei lembrando que antes de ser mãe também colocava todas esses itens como necessários antes de ficar grávida, que nada disso aconteceu antes de ser escolhida para carregar um bebê na barriga e como no fim das contas, muito dos requisitos que julgava ser necessário para ser uma boa mãe são ilusórios.
Foi meio a estes devaneios no salão que escutei a outra mãe dizer "...realmente tem que fazer tudo isso antes, pois o filho atrapalha muito a vida!". Juro, naquela hora me vi em meio a cena de Ally Mcbeal, parando tudo e perguntando para aquela mulher, com sanguenoszoi: COMO É QUE É???
Eu posso até parecer idealista neste momento, mas não acredito que o Heitor atrapalhe a minha vida. A chegada dele trouxe muitas, muitas mudanças...mudanças de planos, de táticas, de alternativas, mas em momento algum posso dizer que me atrapalhou a vida! 
Tive que repensar sobre fazer o curso de oficiais da aeronáutica na BA ou sobre o meu sonho de entrar para a cruz vermelha, sonhos esses que nem sei se iria para frente, existindo Heitor ou não. O que sei é que consegui me formar em Psicologia, mesmo tendo parido no ultimo ano da faculdade, tenho conseguido atuar na área que gosto e já estou dando inicio à minha pós, além de pensar no meu mestrado como plano futuro.
Com tudo isso, como posso ousar dizer que meu filho atrapalhou minha vida? Como disse anteriormente ele me fez mudar muitas coisas, não penso mais em passar o carnaval na BA em meio ao frevo de gente, penso em viver um carnaval lá sim, mas agora com uma rota mais tranquila, mais segura...mais familiar.
Enfim, acredito que um filho jamais vai te impedir de conquistar um sonho, certamente, vai te fazer repensar como conquistá-lo, incluindo no caminho da conquista os cuidados necessários que um filho exige, as vezes tendo de tomar uma rota um pouco mais longa para chegar no objetivo ou tendo sim algumas dificuldades que antes imaginávamos que não teria, mas daí desistir ou seguir em frente nessa busca é uma decisão que só você pode tomar, cuja a responsabilidade não pode, em hipótese alguma, ser jogada para uma criança.


sexta-feira, 1 de julho de 2011

VOLTANDO À ATIVIDADE!

Depois de um bom tempo longe daqui, finalmente tenho o necessário para voltar a postar no blog com constância. Vou confessar, senti muita falta dessa blogosfera materna. Não só de escrever posts e ler os comentários de quem me visita, mas também de ler os blogs de pessoas queridas e compartilhar experiências.

Hoje o que venho compartilhar é uma aflição com relação à fala do Heitor. Ele está com 1 ano e 2 meses e não fala nenhuma palavra ainda. Ele emite sons, grita, até balbucia algumas sílabas mas palavrinhas, nenhuma, neca de pitibiriba...
Conversando com uma Fono amiga ela me falou que pode vários os motivos para o atraso na fala e que são necessário alguns exames para ser diagnosticado se há um problema ou se é um atraso "normal". Como boa neurótica que sou resolvi pesquisar e colocar aqui para mães angustiadas como eu.

Os livros e artigos como um todo afirmam que a fala da criança inicia a partir do 1º ano de vida e completa seu desenvolvimento por volta dos 5 anos de idade. Segundo a fonoaudióloga do Hospital Sírio-Libanês (SP),Andréa Cristina Cardoso, “Se até os 3 anos a criança fala pouco ou quase nada, ela precisa de ajuda de um especialista indicado pelo pediatra”.

Ao perceber que a criança pode ter algum tipo de atraso, o especialista verificará se a criança possui algum problema neurológico ou psiquiátrico, se possui alguma deficiência auditiva ou se a criança teve algum tipo de doença que pode ter afetado o aparelho auditivo de alguma forma. Se alguma dessas hipóteses forem confirmadas ele indicará o tratamento mais eficiente para o caso.

Caso os fatores físicos forem descartados esse atraso pode ainda ser obra de questões emocionais e/ou comportamentais, pois a criança pode não ser estimulada o suficiente no ambiente em que convive, pode não sentir-se segura para expressar-se através da fala, pode ainda estar acomodada, pois não sente necessidade de usar da linguagem verbal para conseguir o que deseja, entre outros fatores. 

Por isso é interessante observar se a a fala da criança tem forma satisfatória ou se apresenta :o vocabulário é deficiente para a idade; dificuldade para estruturar sentenças; dificuldade para organizar o pensamento; dificuldade de compreensão; dificuldade para relatar fatos acontecimentos ou vivenciados;  possui narrativa truncada apoiada em gestos e fala ininteligível geralmente acompanhada de alteração na articulação. 
É mais importante que os pais não se esqueçam de levar em consideração etapa evolutiva em que seu filho se encontra e que cada criança desenvolve-se de forma única e pessoal. Devemos ficar atentos e não pressionar o desenvolvimento de nossas crianças.


sexta-feira, 8 de abril de 2011

BLOGAGEM COLETIVA : MATERNIDADE REAL

 Quando soube que estava grávida, quase que automaticamente comecei a me questionar sobre como eu me sairia como mãe. Sou uma pessoa muito manhosa e sempre tive pessoas cuidando de mim o tempo todo. Como agora eu iria mudar de papel tão drásticamente, passando a ser cuidadora ( e a principal cuidadora) de uma criança?Será que eu daria conta? Será eu seria uma BOA MÃE???

Depois disso, passei a devorar livros, páginas de internet e blogs na busca de como uma boa mãe, deve ser, agir e pensar. Cada vez que procurava me preocupava ainda mais. Havia um movimento deincentivo ao parto normal, e eu comecei a me sentir uma bruxa nesse instante, pois havia decidido fazer uma cesária por querer o meu marido, que estava viajando, ao meu lado.

Depois disso veio a questão da amamentação. Todo mundo dizia: é a coisa mais maravilhosa que há no mundo. Realmente foi, no primeiro dia, depois foi terrivel, com rechaduras, sangramentos e dor, muuita dor. Me mantive firme e forte, não queria dar leite artificial para o Heitor de maneira alguma. Depois desses dias dolorosos aí sim entendi o que havia de maravilhoso em amamentar. Aqueles olhinhos me fitando, aquele soninho depois de estar saciado...hummm..


Á medida que ele foi crescendo minhas atitudes como mães foram se tornando meio instituais, mas não deixaram de ser questionadas por mim o tempo todo. Aos 4 meses tive que voltar a estudar e estagiar e com isso um eco se formou na minha mente: "que tipo de mãe é você que vai abandonar seu filho em tenra idade???" e depois de muito drama e muitas duvidas a resposta foi : "uma mãe que precisa se formar para poder proporcionar uma vida melhor para o seu filho."

Essas são algumas cituações onde esta mãe real que vos fala, ficou insegura sobre o fato de não agir como a mãe ideal manda. Hoje continuo fugindo de algumas características da mãe ideal, detesto acordar de madrugada, amo durmir encostadinha nele ( e sim, ele ainda dorme na minha cama), nem sempre consigo seguir a rotina de alimentação e apelo pra papinha da Nestlê, tem momentos em que me sinto completamente sufocada por ter passado os dias e as noites cuidado do Heitor e sinto a necessidade de sair sozinha para poder ter um momento só pra mim. Se for contar todos os meu "defeitos" maternos não sairei daqui, mas posso dizer que são muitos.

Segunda-Feira, dia 11 de abril, o Heitor faz 1 ano de idade e eu continuo me questionando se sou uma boa mãe. Ao pensar sobre isso tenho certeza de duas coisas: 1) essa dúvida permanecerá por toda a minha vida, independete das decisões que eu tomar; 2) Nunca conseguirei ser uma mãe perfeita, mas posso ser uma mãe suficientemente boa. Daquelas que apesar dos erros, consegue acertar nos momentos mais importantes. Errando sim, mas sempre com muito amor, e acima de tudo, sempre tentando acertar.

quinta-feira, 17 de março de 2011

31 Dias Meme: Dia 02 – Seu filme preferido

Depois de bastante tempo sendo deixado de escanteio, resolvi voltar a escrever os 31 Dias Meme!!!

É complicado de dizer qual meu filme favorito, pois sou muito de fases com isso. Adoro filmes e aqueles sentimentos que eles nos proporcionam dependendo do gênero que eles são. Fico triste quando eles acabam pois algumas vezes queria que minha vida fosse daquele jeito (Nas comédias romanticas principalmente,rrsrsrsr). As vezes o filme é tão bom que merecia continuar pra saber o que aconteceu com aquele personagem ...Enfim, eu realmente me entrego naqueles momentos em que o filme está passando diante dos meus olhos e coração.

Posso lembrar de vários filmes favoritos que tive ao longo dos meus 25 anos. Ao 5 gostava de "E o vento levou", Indiana Jones e Lua de Cristal (isso já me envergonhou mto, mas superei). Lá pelos 12 anos não enjoava de assistir "Meu primeiro amor" e " Romeu e Julieta" (aquele com o Leonardo Dicaprio). Na adolescência amava todos os "Pânico", "Premonição" e filmes dessa linha. Hoje gosto de filmes mais calmos ou com um conteúdo que me leve a refleti de alguma forma. Continuo adorando Comédias Românticas e passei a detestar Terror. 

Mas enfim, a proposta do dia de hoje é falar sobre o meu filme favorito. Para chegar a esta escolha, pensei em um filme que, além de eu não enjoar de ver, tem um significado importante para mim, pois me traz boas lembranças da época em que o assisti pela primeira vez. 

E o filme é (Tcham,Tcham, Tcham ,Tcham!!) : 




Não é um  filme que ficará para a eternidade, mas sempre que o assisto sinto que sou levada para junto das minhas amigas e revivo um pouco do período da minha adolescência, em que  as "crises" eram tão mais simples de lidar do que as de hoje e que biscoito Passatempo recheado e Coca-Cola faziam nossas tardes as melhores!


quarta-feira, 2 de março de 2011

Sobre o pai e nossas expectativas...

Um dos nossos domingo de passeio na praça
Essa semana houve a Blogagem Coletiva com o Tema "Nós, os pais", como eu disse no post anterior. Animei meu marido pra escrever, e ele até concordou, mas acabamos deixando passar o dia da blogagem coletiva devido aos contratempos corriqueiros de nossas vidas.

Como fiquei contagiada com o tema da Blogagem Coletiva este post será dedicado ao pai do Heitor  e  o outro morador do meu coração, o Semmys. É, eu sei que o nome dele é meio estranho(e até um pouco engraçado devido ao vários trocadilhos..rsrsr), mas ele é uma boa pessoa apesar do nome(Eu te amo, viu amor?!).

Quem acompanha o blog sabe que voltamos a morar juntos na véspera do ano novo, depois de mais de um ano morando em cidades diferentes, e de lá pra cá temos vivido em um período de adaptação, principalmente com relação ao Heitor, uma vez que ele não havia nascido quando o Semmys se mudou para Rio Branco.
Nesses dois meses, ele não tem deixado a desejar como pai, sendo sempre muito solicito em tudo. Ajuda a dar banho, a dar papinha, faz mamadeira, troca fralda e em todos os demais afazeres que uma criança de 10 meses exige. Porém ainda sentia um certo desconforto dele nesse papel de pai, que até então era novidade, como se ele tivesse caído de para-quedas numa função que , apesar de desejar muito, não se sentia preparado.

Nessa nossa ida para Porto Velho fiz a minha cirurgia da vesícula e tive que ficar de repouso por 10 dias. O repouso incluia não pegar o Heitor no colo e não poder fazer várias outras coisas. Logo quem teve que entrar em cena foi o pai, que de ajudante virou responsável. Ele aprendeu a dar banho, dar mamadeira, fazer durmir e outros detalhes do dia a dia que acabava ficando sob os meus cuidados normalmente.

Fiquei super feliz ao perceber que, em apenas 10 dias, meu marido tinha se tornado pai de P maiúsculo. Aquele que eu sempre imagei que ele seria. Antes desse período o Heitor já estava a vontade na companhia do pai, mas sempre que a coisa ficava complicada era a mim que ele procurava, sem a menor dúvida. Hoje não, ele já se sente seguro com os dois, está cada dia mais carinhoso com o pai dele e tem momentos que prefere a companhia dele à minha (olha o cíumes surgindo aí no fundo..rsrsrrs).

Então, estou contando tudo isso para, na verdade, falar daquilo que percebi com essa história toda. Percebi que, sem perceber, eu não estava dando espaço suficiente para o meu marido se mostrar como pai. Coloquei na minha cabeça que ele não precisava saber de tudo, já que havia passado tanto tempo longe de nós, e acabei privando-o, mesmo que temporariamente, de conhecer seu filho e o seu papel de pai.
As vezes escuto algumas mulheres reclamando da falta de auxilio do seu marido na criação dos filhos, ou até mesmo nos afazeres domésticos, mas acho que devemos parar para refletir sobre o quanto somos responsáveis sobre esta atitude deles. Será que as vezes não monopolizamos tarefas que podem, e devem, ser compartilhadas?

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Noticias de 2011....

Já ensaiei este post uma dezena de vezes e nunca consigo conclui-lo. Na verdade nem consigo começá-lo direito, pois sempre alguma coisa que me faz interromper minha escrita e eu acabo desistindo. Por aí já  se consegue ter uma idéia de como meu 2011 está um tanto confuso...

Pois bem, fui mesmo morar em Rio Branco com meu filho e marido com a promessa de no primeiro mês do ano eu realizaria o sonho da pequena burguesa de morar na casa própria e que o Acre era o Novo Eldorado das Psicologas, onde o emprego vai até você. Mas como vocês bem sabem ,"alegria de pobre dura pouco"...

A construtora da casa já avisou que a previsão de entrega mudou , e que a data inicial agora ficou pro mes de março. Quanto à emprego não apareceu nada ainda. E pelo que pude entender o négocio tá feio pro lado dos psicologos, pois ta todo mundo sem emprego, devido ao fim dos contratos com o governo.

Só sei que com tudo isso estou morando na casa da minha sogra e tendo que lidar com as alterações de humor do Heitor devido à mudança de ambiente, de pessoas, de tudo...Confesso que nos primeiros 15 dias cheguei a pensar que haviam trocado meu filho por um clone malvado e chorão! Ele chorava por tudo e por nada, não dormia direito(principalmente durante as noites), teve dificuldade pra comer, ou seja, quase fiquei louca!!

Depois eu vim compreender meu pequeno, além do período doloroso da adaptação estava nascendo os dois dentes da frente dele (eu já havia escutado que eles são os piores..), tanto que quando eles finalmente rasgaram o meu pequeno foi voltando à sua personalidade natural. Mas é claro que não posso esquecer que junto com os dentes ele foi ficando cada vez mais acostumado com as coisas e pessoas do Acre, o que ajudou na volta do meu pequeno notável.

Nesses dois meses Heitor desenvolveu mto, ele agora tem 6 dentes na boca(eu to achando mto engraçado olhar pra boca dele e ver tantos dentinhos, pois estava acostumada com o sorriso banguela dele...rsrrs), já fica muito tempo em pé sem apoio algum, já anda se apoiando nas coisas e até já descobriu o pintinho!

Acelerando um pouco mais as noticias...neste mês de fevereiro vim pra Porto Velho(mas to voltando dia 24 pra Rio Branco novamente), perdi a minha colação de grau devido a minha mãe e o Heitor estarem com uma virosa daquelas, participei do Baile de Formatura da minha turma de Psicologia, tirei a vesícula , fiquei sem poder pegar o Heitor no colo por 10 dias (que ainda não passaram, diga-se de passagem...) e no fim acho que isso!

Então, tentei colocar as noticias desses dois meses, que ficaram pendentes, por aqui...Provavelmente os posts continuarão meio parados até eu me estabelecer na minha casa, mas tentarei voltar a postar os 31 dias Meme...

Mudando um pouco de assunto, rolou no grupo "Mães (e pais) com filhos" , do facebook a idéia de uma blogagem coletiva que achei muito legal. O tema é: Nós, os pais. E acontecerá no dia 28/02. A proposta é que os pais escrevam sobre o seu olhar da paternidade, de uma forma bem pessoal mesmo, daquele modo que nós bem conhecemos de escrever aqui no blog.

A Anne, do Blog Super Duper fez esse selinho que ficou super bacana, olha aí.


Fica aí a dica para todos. É sempre bom compartilhar experiências, tanto para quem conta como para quem ouve (ou no nosso caso lê). Eu já comecei a campanha para o pai daqui de casa escreve. Não sei se conseguirei que ele escreva até o dia 28, mas assim que ele escrever posto por aqui.

Bjinhos e até mais!!