quinta-feira, 23 de julho de 2009

Eu não estou te analisando!

Quando as pessoas vão entender que o fato de alguém estudar ou ser formado em psicologia não faz com que ela passa 100% do seu dia tentando analisar as pessoas?
Fala sério! A cabeça do psicólogo não se resume a psicodinâmica, traumas e meios de fazer com que todos ao nosso redor tenham insights incessantes sobre seu inconsciente. Quando me relaciono com as pessoas, tenho minhas opiniões formadas e por mais que as vezes pareça(e eu digo PAREÇA) não tenho nem como estar analisando ninguém!
Primeiro pq com amigos e pessoas próximas não tenho a danada da paciência para esperar o tal "tempo" que é necessário para que a pessoa esteja preparada para encarar determinadas verdades da sua vida. Segunda que sempre quero que as pessoas façam o que eu acho que é o melhor pra elas, coisa que de longe não posso e não faço quando estou fazendo alguma atividade relacionada à psicologia. Poderia citar mais mil motivos de não ter como um psicólogo estar analisando um amigo, primo ou sei lá o quê numa conversa relativamente séria ou pessoal, mas não estou com saco pra isso no momento.
Então, pra finalizar, espero que quem leia isso aqui entenda que as vezes que estou de conversa e falo a minha opinião não quer dizer que fiz um super estudo da sua personalidade, estou simplesmente colocando na roda o que eu acho, assim como qualquer pessoa faz em uma conversa.
" As vezes um charuto é apenas um charuto", já dizia Freud!

terça-feira, 7 de julho de 2009

Quando aceitaremos que todos somos diferentes?

Há algum tempo, navegando pelos blogs da vida, me deparei com um comentário sobre a Parada da Diversidade Sexual de São Paulo que me deixou chocada. Um indivíduo comparou os homossexuais à estupradores, pedófilos e assassinos!
Por que amar uma pessoa do mesmo sexo é tão errado? De que maneira fere, de fato, as vidas daqueles que seguem a norma da sociedade de amar uma pessoa do sexo oposto? Convivo quase que diáriamente com homossexuais, bissexuais, travestis e com transexuais e a cada dia que passo ao lado dessas pessoas mais os argumento dados pelos preconceituosos caem por terra, na minha opinião.
Acredito que se as pessoas se permitissem conhecer a todos numa forma mais profunda, conhecer suas inquietudes, alegrias, questionamentos e ideologia, tornariam-se fãs dessas pessoas que sofrem discriminação diáriamente, dentro e fora de casa. O quanto são fortes e quanto acreditam em um mundo melhor (coisa que em muitos momentos não acredito tanto..). E quanto mais tenho conhecido essas pessoas mais me indigno com a capacidade do ser humano de estigmatizar, discriminar e excluir tanto as pessoas.
Neste momento não falo somente do homossexual ou do negro, das pessoas com deficiências ou das minorias como um todo, falo das pessoas que convivemos diáriamente, mas que de alguma forma não se encaixa naquilo que se espera das pessoas. Quantas vezes não me deparo com as pessoas julgando as outras pela sua forma de viver a vida, seja ela por gostar de um tipo de música, de roupa ou de atividades...muitas vezes não nos permitimos conhecer como esta pessoa realmente é, o seu esteriótipo já nos afasta dela, não nos permitindo, muitas vezes, tomar, através de uma boa conversa, aprendizados que nossa vida inteira não nos daria.
Vejo que há uma grande contradição no discurso social, ultimamente, onde se prega o respeito à indivídualidade, mas não se respeita as diferenças que o indivíduo traz consigo. É como se esta regra só valesse quando diz respeito ao MEU conforto e prazer, deixando de ter sentido quando nos obriga a respeita aquilo que não faz parte da MINHA vida, crença ou ideologia.
Acredito que seríamos mais felizes se nos permitíssemos conviver com todos de forma harmoniosa, respeitando o espaço do outro, para então cobrar o respeito pelos nosso espaço. Quem sabe quando conseguirmos conviver com as características diferentes dos outros, nos sentiremos mais à vontade para viver nossa vida livremente, podendo cometer atitudes não tão esperadas sem nos preocupar com que os demais pensarão à nosso respeito. Aí sim, neste momento, acredito que viveremos plenamente nossa vida, pois nos permitiremos vivenciar cada desejo e cada experiência de forma total.